Polícia prende homem suspeito de ser o maior estuprador em série de Goiás

Polícia afirmou que ele agia sempre de capacete para tentar esconder a identidade diante das vítimas| Foto: Polícia Civil/Divulgação

Postado em: 19-09-2019 às 11h35
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia prende homem suspeito de ser o maior estuprador em série de Goiás
Polícia afirmou que ele agia sempre de capacete para tentar esconder a identidade diante das vítimas| Foto: Polícia Civil/Divulgação

Eduardo Marques

Um homem, de 52 anos, foi preso suspeito de abusar sexualmente de 47 mulheres, em Goiás. Segundo a Polícia Civil (PC), ele é considerado o maior estuprador em série do estado e um dos maiores do Brasil. A corporação informou que testes de DNA já atribuíram a Wellington Ribeiro da Silva a autoria de 22 casos. Os crimes eram cometidos principalmente em Aparecida de Goiânia, mas também há registros de estupro em Bela Vista de Goiás, Abadia de Goiás e Hidrolândia.  

Ele foi apresentado à imprensa na manhã desta quinta-feira (19), na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP). De acordo com a PC, ele começou a praticar os crimes em 2008 e confessou ter praticado seis abusos. Uma força-tarefa com duração de 45 dias, que contou com mais de 40 policiais, foi montada para apurar os casos.

Continua após a publicidade

“Esse homem cabisbaixo, abatido, que os senhores viram hoje é um dos maiores estupradores em série do país. Em Goiás, não há nenhum caso parecido com esse”, disse em discurso a delegada Ana Paula Machado, que integra a força-tarefa, logo após a apresentação.

As investigações mostram que o suspeito anunciava um assalto, obrigava as vítimas a subirem em sua moto, e as levava para local ermo, onde praticava o crime, valendo-se de grave ameaça (uso de arma de fogo) e sem retirar o capacete, a fim de ocultar sua identidade. Wellington Ribeiro tem antecedentes criminais por roubo, estupro e homicídio.

No dia 7 de maio de 2011, Wellington foi preso em flagrante por ter estuprado uma vítima e ter feito sexo oral em sua bebê de 5 meses, no Jardim Ipanema, em Goiânia. No auto de prisão em flagrante, ele se apresentou com o nome falso de Sérgio Rodrigues da Silva. Por ter procedimentos penais no estado do Mato Grosso pelos crimes mencionados, o suspeito foi transferido de Goiás para o referido Estado, visto que a pena era maior.

Ele foi condenado a 57 anos de prisão pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. Mas, em 20 de novembro de 2013, fugiu da penitenciária. Wellington Ribeiro da Silva foi preso no último dia 12 de setembro. Ele foi detido em uma via pública, no Setor Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, próximo ao Anel Viário.

“Ele é originário do Mato Grosso. Aos 22 anos ele chefiava uma organização que cometia assaltos e homicídios. Em uma chacina, ele matou a ex-mulher e dois filhos dela. Ele despreza a mulher, a considera um ser inferior. Ele filmava as vítimas após o estupro para que elas não denunciassem, abusou por duas vezes de mães e filhas”, disse o delegado Carlos Leveger.

Operação Impius

A força-tarefa teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o mesmo perfil genético de uma mesma pessoa em várias vítimas de estupros. “Em 2015, foram coletados vestígios de uma vítima de estupro e inserido no banco genético. Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra vítima e coincidiu com a amostra anterior. No mesmo ano apareceram outras quatro vítimas compatíveis. No final de 2018 já somavam nove mulheres e isso nos chamou a atenção. Com isso, avisamos a Polícia Civil”, disse o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Marcos de Melo.

Segundo a polícia, o suspeito estava com uma moto roubada e identidade falsa ao ser abordado. Além de responder por receptação e uso de documento falso, ele também vai responder por roubo e estupro. Devido à quantidade de crimes, a pena, somada, pode chegar a 600 anos de prisão. Ele está no Centro de Triagem   do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.  

 

Veja Também