Centro Terapêutico Amor Pela Vida pode ser interditado por maus-tratos, em Cristalina

A unidade é denunciada por cárcere privado a dependentes químicos; outra unidade dos mesmos proprietários foi fechado pela Justiça – Foto: divulgação.

Postado em: 19-09-2019 às 18h09
Por: Nielton Soares
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A unidade é denunciada por cárcere privado a dependentes químicos; outra unidade dos mesmos proprietários foi fechado pela Justiça – Foto: divulgação.

Nielton Soares

O Centro Terapêutico Amor Pela Vida que atende dependentes químicos na cidade de Cristalina pode ser interditado por cárcere privado e maus-tratos. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou na Justiça com uma Ação Civil Pública (ACP) contra o estabelecimento após denúncias. A fiscalização foi conjunto com órgãos municipais, como a Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa).

Há mais de três anos e meio o MP-GO recebeu denúncia das mesmas irregularidades contra o Centro Terapêutico Cristalinense Amor à Vida, que foi interditado. Mas, os proprietários, Adriano Rotava e Vanessa Silveira, abriram uma nova unidade, o Centro Terapêutico Amor Pela Vida, atendendo no mesmo endereço da antiga instituição. 

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“O casal não se deu ao trabalho nem de tentar esconder que se tratava de uma burla à ação movida pelo Ministério Público (MP), pois a nova pessoa jurídica funcionaria no mesmo local, até mesmo seu nome empresarial era praticamente idêntico ao do primeiro estabelecimento”, surpreendeu o promotor de Justiça Ramiro Carpenedo Martins Netto. 

Mais irregularidades 

O estabelecimento era registrado na Receirta Federal como clínica de reabilitação, mas funcionava na modalidade de comunidade terapêutica. A constatação foi feita pela Justiça no fim de julho durante operação de busca e apreensão de documentos. 

Outra questão é em relação à medicação, foram detectados remédios vencidos e quantidade fracionada. Além disso, havia a cobrança de mensalidade por tratamento, retenção ilegal de documentos pessoais e restrição dos internos terem contrato com os familiares. 

Além da interdição, o MP-GO pede o bloqueio de bens do casal em até R$ 500 mil e multa diária de R$ 10 mil por descumprimento. 

 

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