MPF-GO denuncia 14 pessoas envolvidas no comércio de cocaína para a Europa

Grupo tinha esquema sofisticado de logística da droga, que contava até com avião. Dentre os acusados estão o ex-prefeito de São Miguel do Araguaia e um ex-aliado de Beira-Mar – Foto: Reprodução.

Postado em: 20-11-2019 às 15h36
Por: Nielton Soares
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Grupo tinha esquema sofisticado de logística da droga, que contava até com avião. Dentre os acusados estão o ex-prefeito de São Miguel do Araguaia e um ex-aliado de Beira-Mar – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O Ministério Público Federal (MPF), em Goiás, denunciou, nessa terça-feira (19), 14 suspeitos de fazerem parte de organização criminosa de tráfico internacional. A ação é baseada nos inquéritos das operações “Ozark-Narco”, deflagrada em setembro, e “Ícarus”. 

O MPF denunciou por associação para o tráfico internacional, organização criminosa e tráfico internacional de entorpecente: Leonardo Dias de Mendonça, mais conhecido como Barão do Tráfico; Alencar Dias e Cristiano Eduardo Lopes; 

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Além do ex-prefeito de São Miguel do Araguaia, Nélio Pontes da Cunha; José Ramos de Oliveira; Renan dos Santos Barbosa; Gilberto Alves da Rocha Júnior; Dennis Petronella Marcel Gerardus Vanweersch; Orlando Rayner Araújo; Rulyo Feitosa dos Santos; Hyago Nascimento Mendonça; Ulisses Cerqueira Miranda; Leandro Tavares Marinho e Valmir Souza Maranhão Silva.

Nas investigações da Polícia Federal (PF) foram constatadas três grandes operações de tráfico internacional dos envolvidos. Em dois casos, foi possível a interceptação das cargas. Uma aconteceu nas imediações de Gouvelância, quando foram apreendidos 464 kg de cocaína, em uma pista na área rural, em maio deste ano. Já no porto de Santos (SP), mais 506 kg de cocaína foram apreendidos, no mês de junho. A PF aprendeu ainda com o grupo 15 carros de luxo, joias, dinheiro e avião.

Esquema

O esquema criminoso, segundo apurou os investigares, atuava em quatro etapas, importando grande quantidade de cocaína de outros de países que fazem fronteiras com o Brasil, exclusivamente a Bolívia, por meio de voos clandestinos.

Na segunda etapa, a droga era descarregada em pequenos aeroportos ou pistas de pouso em fazendas de municípios do interior de Goiás. Depois, já na terceira fase, a cocaína ficava armazenada em residências alugadas e, na melhor oportunidade, eram transferidas em automóveis para o Espírito Santo.

Daquele estado, na última fase do esquema, a organização armazenava escondida a droga em mercadorias legais (alimentos, pedras de granito e mármore) prontas para a exportação para a Europa. 

 

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