Padrasto do menino Danilo afogado em lama é solto em Goiânia

Reginaldo Lima, de 33 anos, foi acusado pelo vizinho, que segundo a polícia, é o principal autor do crime e seguirá preso | Foto: Reprodução.

Postado em: 12-08-2020 às 17h46
Por: Nielton Soares
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Reginaldo Lima, de 33 anos, foi acusado pelo vizinho, que segundo a polícia, é o principal autor do crime e seguirá preso | Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Acusado por vizinho de assassinar o afilhado
Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, Reginaldo Lima Santos, de 33
anos, foi soltou na tarde desta quarta-feira (12), em Goiânia. Ele foi preso, no dia 31
de julho, junto com o ajudante de pedreiro, Hian Alves de Oliveira, de 18 anos,
apontado pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), como o principal autor do crime.

Quando foi levado para a delegacia,
o padrasto afirmou que não tinha nada a ver com o homicídio da criança. “Sou
inocente. Isso aí é laço, é laço. É armação. Jamais mataria uma criança”,
disse.

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Porém, em depoimento, Hian contou
que teria sido o comparsa de Reginaldo no crime. Mas, houve uma reviravolta
após investigações e reconstituição do crime, sem a participação de Hian,
devido a uma liminar da Justiça, acatando um pedido da defesa dele, Gilles
Gomes. E, com isso o padrasto da criança foi inocentado, na segunda-feira (11),
quando a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) concluiu as investigações do caso.

Mesmo após não ser indiciado pelo
assassinato do menino, o padrasto Reginaldo seguiu preso de forma preventiva,
afirmou o titular da Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios
(DIH), delegado Rilmo Braga, até para a segurança dele. Segundo Braga, a
corporação não poderia expedir um alvará de soltura, porque a prisão do
suspeito partiu de uma decisão judicial, sendo necessário uma decisão da
própria Justiça.

Desaparecimento de Danilo

Danilo de Sousa, de 7 anos, desapareceu
no dia 21 de julho, sendo realizado, inicialmente, buscas pelo Corpo de
Bombeiros e acompanhamento de equipes da Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente (DPCA), uma vez que foi feito o registros pela mãe e padrasto como desaparecimento.
Os dois chegaram a ser autuados por abandono de incapaz.

E, no dia 27 de julho, o corpo da
criança foi encontrado a 100 metros da família, em um lamaçal dentro de uma mata.

Esfaqueamento da esposa grávida
em 2018

O padrasto da criança chegou a
ser preso por uma acusação de esfaquear a esposa grávida, mãe de Danilo, em
2018. Processo que responde ainda na Justiça.

Segundo dados do processo, Reginaldo
Lima esfaqueou Gracilene Almeida da Silva pelas costas. Na época, a mulher estava
grávida de oito meses, teve o pulmão atingido pela perfuração, chegando a ser
internada numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde precisou antecipar o
parto.

Após o ocorrido, Reginaldo fugiu, mas se
apresentou à polícia, segundo a defesa da época Hudson Thiago Nero de Oliveira.
Depois de ser solto, no ano passado, eles continuaram juntos e seguiram na
mesma casa, no Parque Santa Rita, em Goiânia, até a descoberta, agora, do
envolvimento dele na morte de Danilo, filho dela de um relacionamento anterior. 

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