Quinta-feira, 28 de março de 2024

MEC discute novas formas de avaliar ensino superior

Indicadores foram divulgados hoje pelo Inep/ Foto: Reprodução

Postado em: 20-10-2020 às 16h56
Por: Jyeniffer Taveira Silva
Imagem Ilustrando a Notícia: MEC discute novas formas de avaliar ensino superior
Indicadores foram divulgados hoje pelo Inep/ Foto: Reprodução

O Ministério da Educação (MEC) discute novas formas
de avaliar o ensino  superior, e pretende reformular as regras para
melhorar a qualidade dos cursos de graduação no país, informou hoje (20) o
presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, ao anunciar os resultados de indicadores que medem a qualidade do ensino superior

Segundo
Lopes, uma revisão do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(Sinaes) está sendo debatida internamente e junto a fóruns como o Conselho
Nacional de Educação (CNE). “A lei do Sinaes é de 2004. Acho que é o momento da gente
reavaliar nosso processo avaliativo, nosso processo regulatório. Isso vai ser
feito junto com as instituições de ensino superior públicas e privadas”.

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A
reformulação do marco normativo está sendo discutida internamente, de acordo
com o presidente do Inep, e posteriormente será debatida com os demais
representantes do setor.

O
ministro da Educação, Milton Ribeiro, ressaltou que o papel da pasta é melhorar
a qualidade do ensino superior. “Está na hora de pararmos um pouco e pensarmos
na qualidade. Impossível os valores do orçamento do MEC e a qualidade que temos
na educação brasileira. Nós precisamos tomar uma atitude”, disse, acrescentado
que “precisamos focar na qualidade. Acho que não podemos mais pensar em
quantidade de uma maneira desequilibrada. Precisamos focar na
qualidade”.

Conceito Enade

Os
resultados do conceito Enade, calculado a partir do Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade), feito por estudantes que estão concluindo os
cursos superiores, e do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e
Esperado (IDD), mostram que os cursos das universidades federais tiveram
melhores desempenhos que os das instituições privadas, que é onde está
matriculada a maior parte dos estudantes avaliados. 

“Essa
semana, nós tomamos algumas decisões que, de maneira muito direta, podem
parecer não tão simpáticas à educação, [como a] suspensão de vestibular. Esse
vai ser o ritmo que queremos dar ao MEC, de assumir mesmo uma posição na
avaliação da educação superior. Eu não tenho, e a nossa equipe [também] não,
receio de fazer o que for preciso para suspender, credenciar ou descredenciar
instituições. Queremos focar na qualidade”, defendeu Ribeiro. 

Agência Brasil

 

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