Vida de casada é tema central em ‘Minha Vida em Marte’

Espetáculo, escrito e interpretado por Mônica Martelli, terá três sessões em Goiânia a partir desta sexta-feira (16). A protagonista, agora, é uma mulher de 45 anos que está à procura de respostas

Postado em: 16-03-2018 às 08h00
Por: Sheyla Sousa
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Espetáculo, escrito e interpretado por Mônica Martelli, terá três sessões em Goiânia a partir desta sexta-feira (16). A protagonista, agora, é uma mulher de 45 anos que está à procura de respostas

Gabriealla Starneck*

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O espetáculo Minha Vida em Marte, protagonizada e escrita por Mônica Martelli, será apresentado, na sexta (16), no sábado (17) e no domingo (18), no Teatro Sesi. Continuação da comédia Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou, a autora viu o espetáculo tornar-se um sucesso sem precedentes, ao alcançar mais de 2,5 milhões de espectadores, e, então, trouxe de volta a personagem Fernanda. 

A protagonista, agora, é uma mulher de 45 anos que está à procura de respostas para a sobrevivência conjugal. Minha Vida em Marte apresenta Mônica em um monólogo bem-humorado que leva homens e mulheres à reflexão. 

‘Minha Vida em Marte’

O espetáculo, dirigido por Susana Garcia (irmã de Mônica), é a continuação da comédia Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou lançada em 2005. A comédia acabou sendo transformada em filme homônimo – que arrastou mais de 2 milhões pessoas para os cinemas – e a uma série de TV com o mesmo título, que já está em sua terceira temporada no GNT, sendo uma das maiores audiências do canal.

No primeiro espetáculo, a protagonista Fernanda abordava o empoderamento feminino que, na época, não era tão debatido. Após 12 anos, Mônica resolveu trazer a reviravolta de Fernanda, a personagem que criou para falar de amor e discutir o ‘empoderamento’ (muito antes de a expressão cair no gosto popular). De volta aos palcos, a protagonista vivencia um novo momento em sua trajetória – a luta pela sobrevivência conjugal. 

“Eu sempre pensei em fazer a continuação. Contar a vida de casada, todas as angústias, alegrias, encontros e desencontros que passamos num casamento. As dificuldades que enfrentamos para manter um casamento saudável depois de anos. A diminuição da libido, a intolerância a falta de cuidado um com o outro. Quando a gente casa, a gente deseja que dure para sempre, apesar de racionalmente sabermos que a vida é feita de ciclos, e que tudo tem início, meio e fim”, disse Mônica ao Essência.

Contudo a autora destaca que ninguém casa para se separar. “Por isso a gente luta que para que dê certo. A personagem luta para manter o casamento, mas nem sempre isso ocorre. Foi justamente essa história que eu quis contar, mas só depois de anos separada pude ter o distanciamento necessário para escrever nossas dores com leveza e humor”, explicou Mônica . 

Mônica Martelli

Mônica Garcia Assis, mais conhecida pelo nome artístico Mônica Martelli, nasceu no dia 17 de maio de 1968, em Macaé, no Rio de Janeiro. Atriz, dramaturga, cronista e apresentadora, Mônica interpretou sua primeira personagem aos 21 anos, na peça Torturas do Coração. Já na televisão, sua estreia foi no programa humorístico Chico Total, onde atuou por dois anos, e posteriormente fez parte do elenco da telenovela Por Amor. Mas o grande destaque de Mônica como atriz foi com o espetáculo Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou – que levou a intérprete a trabalhar em Portugal. 

Depois do sucesso da comédia, a atriz foi convidada para a telenovela Beleza Pura e para participar da série Casos e Acasos. Mônica ainda estreou como protagonista da Série Dilemas de Irene. Em 2009, a atriz deu à luz sua filha, Julia Marques, e só retornou à TV, em 2010, na novela Ti Ti Ti. Em 2013, Mônica começou a apresentar o programa Saia Justa, da GNT – que já está em sua terceira temporada e tem uma das maiores audiências do canal. 

*Integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje sob orientação 

da editora Flávia Popov 

SERVIÇO

‘Minha Vida em Marte’

Quando: sexta-feira (16), sábado (17) e domingo (18)

Horários: 21h (sexta e sábado) e 20h (domingo)

Local: Teatro Sesi (Av. João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva – Goiânia)

Mais informações: 3269-0800

Classificação etária: 14 anos

Entrevista : Mônica Martelli  

Como é a experiência de interpretar sua própria criação? 

Escrevo as experiências que eu vivo, que eu vejo, que eu sinto. Quando você interpreta o que escreve, é muito prazeroso, porque faço com muita propriedade. Sei do que estou falando, sei o que estou sentindo em cena.  Esse é o grande diferencial.

Provavelmente, você já reencontrou algumas mulheres que acompanham seu trabalho desde ‘Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou’. O que elas acham dessa nova fase da personagem Fernanda?

O público que vem me acompanhando foi se transformando, através dos anos, assim como a personagem – que agora está casada e lutando para salvar o casamento. O público novo que está chegando se identifica da mesma forma. Todo mundo que já viveu qualquer tipo de relação amorosa se identifica. E as solteiras, também, porque a personagem uma hora se separa e volta a ser solteira. É uma delícia notar isso tudo! (risos)

Você se viu como um espelho de muitas histórias de quem te acompanha? Após esse tempo, algumas dessas histórias se espelharam novamente?

A personagem continua sendo uma mulher forte, independente e feminista, porque, apesar de querer muito salvar o casamento, não atura tudo pelo projeto família feliz. Portanto não há espelho, o que existe é identificação.

Como surgiu a oportunidade de apresentar o ‘Saia Justa’, no canal GNT?

Sempre fui fã do Saia Justa. Foi uma honra ter sido convidada a fazer parte daquele sofá. O Saia Justa me faz entrar em contato com textos e temas pelos quais eu talvez não me interessaria. O programa  me tornou uma mulher mais informada e interessada.

O que você leva das suas atuações para o programa? O fato de você atuar te deixa mais confortável para apresentar o programa?

O fato de ser atriz contribui no Saia Justa quando eu conto as histórias. Sou uma boa contadora de história. Mas o programa somos todas nós, ali, dando a cara ‘a tapa’. Não tem personagem nos protegendo.  

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