No cinema, Thaís Araújo dará vida a cientista brasileira PHD em Harvard

O filme irá contar a história da paulista Joana d'Arc Félix ganhadora de mais de 80 prêmios

Postado em: 15-04-2019 às 18h20
Por: Isabela Maria Moraes Serra
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O filme irá contar a história da paulista Joana d'Arc Félix ganhadora de mais de 80 prêmios

Da Redação

Segundo a colunista Patrícia Kogout, do O Globo, a atriz Thaís Araújo irá dar vida ao papel da cientista brasileira Joana d’Arc Félix, nas telonas. O longa será uma cinebiografia de Joana, PHD em Química pela faculdade norte-americana Harvard, vencedora de mais de 80 prêmios mundo afora. 

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Félix é da cidade paulista Franca e teve uma infância complicada. Quando criança tinha que acompanhar sua mãe, empregada doméstica, no trabalho e aos quatro anos aprendeu a ler fato esse que gerou admiração por parte da dona da casa. Diante disso, Joana ganhou uma bolsa na escola da mulher. Com 14 anos se formou no ensino médio e passou para três faculdades públicas e acabou optando por fazer química na Universidade Estadual de Campinas. 

Dentre as premiações que a cientista conquistou estão os ‘Pesquisadora do Ano’ no Kurt Politzer de Tecnologia, entregue pela Associação Brasileira de Indústria Química (Abquim) e o disputado ‘Faz Diferença’ na categoria de personalidade de 2017, no entanto, ela reconhece as dificuldades em “fazer a diferença”sendo mulher no meio acadêmico.

“Competitividade, participação em congressos e produção de artigos e pesquisas quando se tem filhos são alguns motivos que com que muitas mulheres retardam a carreira ou mesmo abortem o desejo de serem cientistas. A carreira de pesquisador, na medida em que se progride, não exige apenas o trabalho de pesquisa (e o de ensino, que quase sempre vem junto) em si, mas um esforço de negociação com os pares e demais agentes sociais em busca de apoio em diversas formas. Ascender em uma carreira que exige constante estudo, produção e aulas transforma-se em missão quase impossível quando também é preciso administrar tarefas domésticas e, sobretudo, a maternidade. Existe também algum preconceito quando a cientista está grávida ou quer engravidar. A ciência torna-se incompatível em certos momentos da nossa vida. Mas hoje em dia já não é incomum ver nomes de mulheres vinculados a importantes descobertas científicas.”, explicou Joana em entrevista ao site ‘Para Mulheres na Ciência’.

O filme será uma produção da Globo filmes e tem o roteiro assinado por Álvaro Campos. A direção será de Alê Braga.

 

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