Presidente nacional do PROS está foragido

A Polícia Federal prendeu sete pessoas em uma operação de combate ao desvio de recursos federais em Marabá, no sudeste do Pará.

Postado em: 20-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidente nacional do PROS está foragido

A Polícia Federal prendeu sete pessoas em uma operação de combate ao desvio de recursos federais em Marabá, no sudeste do Pará. O presidente nacional do partido PROS está foragido.

Policiais federais foram a dois endereços em Brasília, um deles, a sede do Pros, que fica no Lago Sul, bairro nobre da cidade. O presidente nacional da legenda, Eurípedes Júnior, não foi encontrado.

O dirigente do PROS já é considerado foragido pela Polícia Federal. Antes do mandado de prisão, ele estava circulando em Brasília normalmente, fazendo contatos políticos e atividades partidárias. Na quarta-feira (17) ele cumpriu agenda de reuniões na sede do Pros.

Continua após a publicidade

Eurípedes está sendo investigado na Operação Partialis, desdobramento de uma investigação de 2016 sobre desvios na prefeitura de Marabá, no Pará. A decisão do juiz Heitor Moura Gomes relata que “Eurípedes Júnior teria simulado a compra de uma aeronave, sendo mera simulação para dar ares de legalidade a aquisição do bem, após denúncias contra João Salame e o próprio Pros” e que “a prisão pode auxiliar no desvendamento de provas de outros envolvidos, enquanto que, caso em liberdade, possivelmente poderiam tentar ocultar ou destruir provas”.

Também em Brasília, a PF prendeu João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá e atual diretor de Atenção Básica do Ministério da Saúde.A decisão diz que há indícios que ele era o responsável por articular o esquema de recebimento de propina enquanto prefeito de Marabá e destaca que ele possui relevante cargo público no Ministério da Saúde, havendo sérios riscos que, seguindo o mesmo modo de atuar por anos, possa continuar a prática dos ilícitos.

O PROS e Eurípedes Júnior declararam que o partido preza pela lisura e pela transparência, que o avião citado na operação foi comprado e vendido legalmente e a transação informada à Justiça Eleitoral. O PROS compõe, com o PCdoB, a coligação do candidato do PT, Fernando Haddad. 

Veja Também