Exército está em alerta na fronteira, diz ministro da Defesa da Venezuela

Justificativa do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é que há uma tentativa de ingerência no país, liderada pelos Estados Unidos

Postado em: 21-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Justificativa do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é que há uma tentativa de ingerência no país, liderada pelos Estados Unidos

O exército da Venezuela está “alerta” contra quaisquer violações de fronteira, segundo o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino Lopez.

De acordo com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, há uma tentativa de ingerência no país, liderada pelos Estados Unidos.

Ministros têm declarado publicamente resistência ao suposto movimento externo de interferência.

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“As Forças Armadas permanecerão desdobradas e em alerta ao longo das fronteiras, como ordenou nosso comandante-em-chefe [Nicolás Maduro], para evitar qualquer violação da integridade territorial”, disse Padrino, em um comunicado.

O ministro afirmou que o exército não aceitará “um governo fantoche” ou “ordens de qualquer poder do governo estrangeiro” em referência ao autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.

Guaidó se autoproclamou presidente interino no último dia 23, obtendo apoio de muitos países, como o Brasil, e liderando um movimento para angariar ajuda humanitária para Venezuela.

Terça-feira (19), em Brasília, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, anunciou a instalação de centrais de distribuição de doações em Boa Vista e Pacaraima.

O governo brasileiro pretende enviar alimentos e medicamentos para a população venezuelana.

Delegações de parlamentares da Europa e dos Estados Unidos reclamaram da imposição de obstáculos para ajuda humanitária.

Pauta discutida no Brasil

A cúpula dos três Poderes da República se reuniu nesta terça-feira (19) no Palácio do Planalto para discutir a ajuda humanitária do Brasil à Venezuela. A pedido de Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela há quase um mês, vários países uniram para enviar alimentos, medicamentos e gêneros de primeira necessidade.

Durante o encontro de hoje o presidente Jair Bolsonaro conversou sobre o apoio brasileiro com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Também participaram da reunião os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Guaidó coordena a distribuição de doações na Venezuela e pretende fazer um evento no próximo dia 23, quando faz um mês que ele se autoproclamou “presidente encarregado” ou interino. No entanto, o presidente Nicolás Maduro impede a entrada da ajuda humanitária, colocando contentores na fronteira com a Colômbia, sob a alegação que há uma orquestração para desestabilizá-lo. (Agência Brasil)

 

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